Questões de Macroeconomia da ESAF – 2013
1. (ESAF/AFC/STN/2013) De acordo com a Teoria Clássica de determinação da renda, supondo plena flexibilidade de preços e salários, de tal forma que o salário real de equilíbrio seja alcançado, a economia encontra-se:
a) em equilíbrio aquém do pleno emprego.
b) em desequilíbrio, mas com pleno emprego.
c) em equilíbrio acima do pleno emprego.
d) em equilíbrio com o salário nominal superior ao valor da produtividade marginal do trabalho.
e) em pleno emprego e sua taxa de desemprego é a natural.
2. (ESAF/AFC/STN/2013) A curva LM mostra combinações de:
a) renda e taxa de juros que equilibram o Balanço de Pagamentos.
b) renda e taxa de juros que equilibram o mercado de bens.
c) preço e taxa de juros que equilibram o mercado monetário.
d) renda e taxa de juros que equilibram o mercado monetário.
e) câmbio e taxa de juros que equilibram o mercado monetário.
3. (ESAF/AFC/STN/2013) Considere o modelo keynesiano básico para uma economia fechada e sem governo. Admitindo que a economia esteja em equilíbrio a tal ponto que uma elevação de 50 unidades monetárias no investimento provoca um aumento de 250 unidades monetárias no produto, nesse caso:
a) a propensão marginal a consumir é de 0,8.
b) a propensão marginal a poupar é de 0,8.
c) o multiplicador keynesiano é de 0,2.
d) o multiplicador keynesiano é de 2.
e) a propensão média a consumir é de 0,8.
4. (ESAF/AFC/STN/2013) Considere o modelo IS/LM. Em uma situação conhecida como “Armadilha da Liquidez”, um aumento no consumo:
a) aumenta a taxa de juros de equilíbrio da economia e diminui a demanda agregada.
b) não produz efeito sobre o produto da economia, mas aumenta a taxa de juros de equilíbrio.
c) aumenta a renda agregada, mas não altera a taxa de juros de equilíbrio.
d) aumenta a taxa de juros e a renda de equilíbrio.
e) reduz a demanda agregada e a taxa de juros de equilíbrio.
5. (ESAF/AFC/STN/2013) Suponha uma economia representada pelas seguintes equações:
I. Lei de Okun: μ1– μtt-1 = – 0,5yt – 0,5
II. Demanda agregada: gyt = gmt – πt
III. Curva de Phillips: πt – πt-1 = –(μ – 0,02)
a) caso a taxa de desemprego vigente seja igual à natural e a taxa de inflação em vigor seja de 2%, uma taxa de crescimento monetário de 6% manterá constante a taxa de desemprego.
b) a taxa de desemprego natural é igual a 2%.
c) para manter a inflação nula é necessário expandir a demanda em 10%.
d) se a taxa de desemprego vigente for maior que a taxa natural, a taxa de inflação vigente será maior que aquela que seria observada caso a taxa de desemprego vigente fosse igual à taxa natural.
e) admitindo a hipótese das expectativas racionais, a taxa de inflação será igual a 5%.
6. (ESAF/AFC/STN/2013) A hipótese de expectativas racionais considera que:
a) em sua versão fraca, os agentes usam as informações passadas e os agentes não comentem erros sistemáticos.
b) o valor esperado da inflação é igual à inflação efetiva e a covariança dos erros igual a zero. Assim, a principal hipótese é de que a política monetária tem pleno efeito sobre o produto e os preços da economia.
c) a curva de Phillips é vertical, tanto no curto quanto no longo prazo, de modo que os desvios ocorrem apenas em função de choques não antecipados.
d) em sua versão forte, considera que os agentes só levam em conta as informações do passado.
e) a curva de Phillips é horizontal no curto prazo.
7. (ESAF/AFC/STN/2013) De acordo com o modelo IS/LM/BP com perfeita mobilidade de capitais e regime de câmbio fixo, e admitindo que a economia esteja em equilíbrio (interseção entre as curvas IS, LM e BP), uma elevação do gasto público:
a) aumentará a renda, mas sem efeito sobre a taxa de juros de equilíbrio.
b) o novo equilíbrio será com déficit no balanço de pagamentos.
c) a política fiscal não terá nenhum efeito sobre a renda quando há perfeita mobilidade de capitais.
d) reduzirá a renda e a taxa de juros de equilíbrio.
e) aumentará a renda e levará, necessariamente, a uma apreciação cambial.
8. (ESAF/AFC/STN/2013) O modelo pós-keynesiano de fragilidade financeira, desenvolvido por Hyman Minsky, aponta que os bancos, como captadores de depósitos a vista (obrigações), estão sempre sujeitos a ter que financiar seus passivos a todo instante, o que leva estas instituições a diversificar suas fontes de captação para mitigar o risco de descasamento entre ativo e passivo em situações de retiradas excessivas de recursos pelos depositantes. Um dos principais pilares desse modelo é:
a) o acúmulo de ativos com alta liquidez, apesar da baixa rentabilidade, tornam-se uma estratégia fundamental de hedgedessas instituições, tornando a preocupação com liquidez inerente à natureza da instituição bancária.
b) a política monetária não possui nenhum efeito sobre o comportamento do setor bancário.
c) as técnicas de administração de passivo e a introdução de inovações financeiras não confere ao sistema bancário a capacidade de contornar as restrições impostas em função de uma política monetária restritiva.
d) a administração de ativos e passivos pelos bancos não levam em consideração a preferência pela liquidez destas instituições.
e) a administração do passivo está sujeita apenas ao volume de reservas exigidas pelas autoridades monetárias.
9. (ESAF/AFC/STN/2013) Um indivíduo pode decidir entre consumir no presente ou postergar seu consumo, com base na sua renda permanente. Considere que sua renda no presente seja y0 e sua renda futura seja representada por y1. Suponha também que este indivíduo tenha acesso a crédito à taxa de juros r.
a) Com base na hipótese de renda permanente, uma elevação da taxa de juros reduz o consumo presente, mas aumenta a possibilidade de consumo no futuro.
b) Um aumento da renda futura reduz o consumo presente e eleva o consumo futuro.
c) Se o governo tributar este indivíduo com um imposto tipo lump-sum apenas no presente, reduz o consumo presente, mas deixa o consumo futuro inalterado.
d) Um aumento na renda futura eleva o consumo tanto no presente quanto no futuro.
e) De acordo com a hipótese de renda permanente, a propensão marginal a consumir a partir da renda transitória é maior que a propensão marginal a consumir a partir da renda permanente.
10. (ESAF/AFC/STN/2013) De acordo com o modelo de crescimento econômico de Solow:
a) na ausência de progresso tecnológico, uma redução da taxa de crescimento populacional aumenta a taxa de crescimento do produto per capitacorrespondente ao estado estacionário.
b) nos estágios acima do estado estacionário, o investimento é superior à depreciação do capital.
c) no estado estacionário, com progresso tecnológico, o produto per capitacresce à taxa (g+n), em que g é a taxa de progresso tecnológico e n a taxa de crescimento populacional.
d) uma elevação da taxa de crescimento populacional altera o estado estacionário ao reduzir o estoque de capital per capita.
e) economias com elevado nível de poupança possuem grande estoque de capital, o que garante a manutenção do crescimento sustentado por um longo período.
11. (ESAF/AFC/STN/2013) No que concerne às hipóteses de Ciclo de Vida e de Renda Permanente (HCV-RP), todas as informações a seguir estão corretas, exceto:
a) a hipótese HCV-RP assume que a propensão marginal a consumir da renda permanente é substancialmente superior à propensão marginal a consumir da renda transitória, o que leva os indivíduos a manterem os seus perfis de consumo relativamente suaves (smooth) durante a vida.
b) segundo o modelo de Ciclo de Vida, um aumento da renda permanente das famílias levará a um aumento da taxa de poupança.
c) de acordo com o modelo de Renda Permanente, uma valorização das ações em bolsa de valores pode elevar o nível de consumo.
d) entende-se por restrição de liquidez a situação em que o consumidor estiver impedido de tomar empréstimos para financiar o consumo corrente com base na expectativa de uma renda futura maior.
e) a hipótese do Ciclo de Vida sugere que a distribuição etária da população e a taxa de crescimento da economia são fatores determinantes da poupança agregada.
12. (ESAF/AFC/STN/2013) Um consumidor típico, fazendo escolhas com vistas a maximizar sua utilidade, vai sempre se ver diante do problema de escolher quanto consumir hoje e quanto consumir no futuro (amanhã). Ele sabe que, quanto maior o consumo hoje (t), menor o estoque de riqueza carregado para amanhã (t+1) e, portanto, menor seu consumo amanhã. Assim, o acréscimo no valor da sua utilidade em t (Vt) decorrente da postergação parcial do consumo será igual ao:
a) acréscimo no valor do retorno bruto multiplicado pelo valor da utilidade em t trazido a valor presente por um determinado fator subjetivo de desconto.
b) acréscimo no valor do retorno bruto multiplicado pelo valor da utilidade em t + 1 trazido a valor presente por um determinado fator subjetivo de desconto.
c) acréscimo no valor esperado do retorno bruto multiplicado pelo valor da utilidade em t + 1 trazido a valor presente por um determinado fator subjetivo de desconto.
d) valor da riqueza acumulada em t trazido a valor presente por um determinado fator subjetivo de desconto.
e) valor da riqueza acumulada em t trazido a valor presente por um determinado fator objetivo de desconto.
13. (ESAF/AFC/STN/2013) Se o público retém 80% dos meios de pagamentos em depósitos a vista nos bancos comerciais, supondo que alíquota de depósito compulsório de 30% e que, além disso, os bancos retêm 7,5% dos depósitos a vista como reserva para contingência e se o saldo de papel moeda em circulação for de 5 trilhões de unidades monetárias, pode-se afirmar que:
a) o multiplicador da base monetária é igual a 2.
b) o volume do papel moeda em poder do público é de 10 trilhões de unidades monetárias.
c) a base monetária é igual a 2 trilhões de unidades monetárias.
d) o total de depósitos a vista nos bancos comerciais é de 2 trilhões de unidades monetárias.
e) o estoque dos meios de pagamento é de 50 trilhões de unidades monetárias.
14. (ESAF/AFC/STN/2013) O regime de metas de inflação, que começou a ser implementado em diversos países no início da década de 1990, teve como um dos pressupostos o fracasso do regime de expansão monetária ao estilo Friedman pelo FED no final da década de 1970, em função, sobremaneira, da impossibilidade de prever o comportamento da demanda por moeda em um sistema financeiro com inovações financeiras e mobilidade de capitais. Pode-se considerar também como um pressuposto teórico que serviu como ponto de partida para o regime de metas de inflação:
a) a não independência do Banco Central.
b) a política monetária é ineficaz para afetar variáreis reais da economia de forma duradoura.
c) para o sucesso do regime de metas de inflação, é necessário o uso da taxa nominal de câmbio como principal instrumento de política monetária.
d) a política fiscal é totalmente eficaz independentemente do regime de taxa de câmbio.
e) a existência da taxa natural de desemprego seria condição necessária para a adoção do regime de metas de inflação.
15. (ESAF/AFC/STN/2013) O financiamento do gasto público por intermédio da criação de moeda de alta potência gera uma espécie de tributação explícita. Sendo assim, o governo pode obter montantes significativos de recursos ano após ano pela emissão de moeda.
a) Essa receita tributária será aumentada se a economia estiver operando sob o regime de metas de inflação.
b) Essa fonte de receita não é absorvida pelo público sob a forma de moeda.
c) O efeito inflacionário dessa expansão monetária para financiar o gasto público é anulado com a redução da alíquota do imposto de renda.
d) O efeito inflacionário dessa expansão monetária para financiar o gasto público é anulado quando há regime de câmbio fixo.
e) Essa fonte de receita é conhecida como senhoriagem, que é a capacidade de o governo arrecadar receita por meio de seu direito de criar moeda.